Essa série de pinturas sobre papel surgiu a partir de um exercício de observação e estudo de cores e formas.
Os desenhos foram concebidos em um período de luto pessoal e são resultado de uma tentativa de encontrar beleza apesar das dificuldades que eu atravessava.
Mais uma vez a música foi propulsora desse processo criativo e a canção “Para não dizer que não falei das flores” de Geraldo Vandré deu nome a essa série.
Em um momento de convulsão social (pós pandemia e eclosão de uma guerra na Europa) ocorrendo simultaneamente às minhas próprias batalhas pessoais, voltei meu olhar para a simplicidade das coisas que me cercavam, como as flores, que mantenho compulsivamente na minha casa.
Os desenhos sugeridos pelos entrelaçamento de folhas, caules e pétalas me remeteram a explosão da vida, tal como corpos ardentes, genitálias, erotismo, que são energias pulsantes de vida, ainda que a morte esteja sempre à espreita.
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